Um estudo preliminar de sintomas e medicamentos prevalentes do “gênio epidêmico” da pandemia de COVID-19 no Brasil, foi publicado em Abril. Por meio do Comitê Especial de Pesquisa COVID-19 da AMHB (Associação Médica Homeopática Brasileira).
Os autores desse estudo: Doutores Rubens Dolce Filho, Rosana Ceribelli Nechar e Arivaldo Ribeiro Filho, apontam que “Pouco tem sido abordado sobre tentativas de tratamento de pacientes com síndrome respiratória leve, em casos de COVID-19” Para eles, ainda não há uma escolha terapêutica efetiva para o início do quadro. “Desse modo a doença cursa de acordo com a resposta imune ou suscetibilidade individual do acometido. Havendo muito pouco de efetivo e específico que altere a história natural dessa enfermidade”.
Por isso, esse estudo piloto, pode ser considerado o início para novos estudos clínicos e protocolos experimentais, no segmento da homeopatia, no enfrentamento da COVID-19.
A homeopatia já vem demonstrando efetividade na abordagem de várias epidemias. Samuel Hahnemann por exemplo, descreve êxito na cura e na profilaxia de doenças epidêmicas, com o uso da homeopatia. Além disso, esse sucesso diante de cenários epidêmicos, também foi descrito por outros médicos.
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O estudo avalia os sintomas da COVID-19:
O estudo piloto avaliou 27 relatos de casos, de pacientes confirmados para COVID-19. Entre os dias 22 e 31 de março deste ano. A descrição dos sintomas característicos da primeira fase da epidemia foi realizada.
De acordo com a avaliação dos relatos, 81,5 % dos pacientes se encontravam no primeiro estágio da doença, 18,5% no segundo, e apena 1 paciente necessitou de observação na UTI.
A fraqueza é destacada pela maior frequência nos casos, e ainda 20% dos que relataram fraqueza, descrevem a intensidade do sintoma, como cansaço extremo.
Na segunda colocação a febre tem frequências de 70% entre os pacientes.
A tosse também é relatada em 70% dos pacientes, onde 90% dos que tiveram este sintoma, apresentam tosse seca.
Sudorese profusa foi observada. Assim como cefaleia sem padrão de modalização.
Disgeusia, ageusia e/ou anosmia foram encontrados em 40% dos pacientes. De acordo com um comunicado da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, esses sintomas talvez possam sugerir COVID-19.
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Os medicamentos elencados de acordo com a sintomatologia do “gênio epidêmico”
A seleção dos medicamentos para tratamento de pacientes no primeiro estágio da doença COVID-19, foi dividida em análises repertoriais, de acordo com a sintomatologia do “gênio epidêmico”.
A primeira análise corresponde aos sintomas do “gênio epidêmico” comuns a todos os pacientes, destaca a Bryonia Alba, e o Phosphorus.
Na segunda, que corresponde aos sintomas modalizados do “gênio epidêmico” a Arsenicum Album demonstra melhor representatividade, quando individualizada nos sintomas.
Na terceira são abordados os sintomas associados a febre, a Arsenicum Album tem maior representatividade, mas a Bryonia, Phosphorus e China, também podem ser elencadas.
E ao final, em relação aos sintomas mais característicos do conjunto dos casos, elege-se a Arsenicum Album. E a possibilidade de avaliação do Chininum Arsenicosum.
Mas os autores comentam que esses medicamentos não devem ser considerados como definitivos, pelo fato de existirem muitas variáveis, que podem modificar a manifestação de uma epidemia numa população.
Para maiores informações sobre esse estudo acesse: http://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/04/1087382/estudo-preliminar-do-genio-epidemico-capa-e-timbre-amhb.pdf.