A secretaria da ciência, tecnologia, informação e insumos estratégicos, do ministério da Saúde, publicou no dia 8 de abril de 2020, no informe diário, 10 estudos relacionados ao tratamento da COVID-19.
Dentre os estudos citados, estão resultados de pesquisas como estudos in vitro, de medicamentos que poderiam vir a inibir a multiplicação do SARS-coV-2. Segundo os autores do estudo, os medicamentos Remdesivir, Lopinavir, Dicloridrato de Emetina, Homoharringtonine, apresentaram a capacidade de inibir a replicação do vírus, em células Caco-2 (células do carcinoma de cólon humano imortalizadas). Portanto a qualidade metodológica do estudo, não pode ainda responder às questões sobre a real eficácia e a segurança da molécula estudada.
No entanto, em outro estudo, também realizado in vitro, o medicamento Darunavir, usado em casos de HIV, não apresentou nenhuma ação antiviral sobre o COVID-19. Em conclusão, é possível que esse medicamento venha ser desconsiderado em ensaios pré-clínicos, pelo fato de não apresentam atividade sobre o vírus em questão.
O estudo clínico não randomizado, sobre o uso de heparina de baixo peso molecular (HBPM), realizado na China, demonstra que a HBPM, pode apresentar potencial terapêutico no tratamento da COVID-19. O estudo mostra uma melhora da disfunção da coagulação de pacientes com COVID-19, e efeitos anti-inflamatórios na redução da interleucina 6 e no aumento da porcentagem de linfócitos.
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Revisão de literatura sobre o desenvolvimento de vacinas, e o uso de antivirais, imunomoduladores, terapia de plasma convalescentes e corticosteróides:
Uma revisão não sistemática, em relação ao desenvolvimento de vacinas contra SARS e MERS, relatam a proteína – S como alvo principal dos estudos. O artigo de revisão publicado em fevereiro deste ano, traz informações importantes para o que poderia ser o ponto de partida para criação da vacina.
Outra revisão sistemática, que pode contribuir no direcionamento da escolha do tratamento, é o artigo sobre o uso dos antivirais, imunomoduladores, uso da terapia de plasma convalescente e corticosteróidea.
Nesse artigo é possível encontrar o uso terapêutico desses medicamentos, a justificativa no uso desses para o tratamento de paciente com COVID-19, e descrições sobre as doses, farmacocinética e os efeitos adversos dos medicamentos citados. E ainda observações na administração desses fármacos. É um estudo significativo, para o direcionamento do tratamento de pacientes com COVI-19.
Estudos no tratamento homeopático da COVID-19
A publicação de atualização, mostra um estudo preliminar, realizado no Brasil, onde os sintomas de 27 pacientes da COVID-19, foram observados. O uso de medicamentos homeopáticos do “gênio epidêmico”, foram propostos para os casos leves da doença. Porém a necessidade da realização de estudos de casos controle, é relatada pelo autor.
Os medicamentos homeopáticos sugeridos nos casos leves da doença foram: Arsenicum Album, Bryonia Alba, China Officinalis, Chininum Arsenicosum e Phosphorus.
Ainda sobre os estudos homeopáticos no tratamento da COVID-19, um protocolo de pesquisa clínica foi publicado. Os autores apresentam alguns medicamentos homeopáticos para o tratamento sintomático da COVID-19.
Dentre eles se destacam por exemplo a Brionya alba, Rhus toxicodendron, Nux Vomica, Arsenicum Album, Opium SP., Phosphorus SP., e Carbo Vegetabilis.
Em conclusão, esse protocolo tem como objetivo exemplificar a elaboração de um projeto de pesquisa para a avaliação desses medicamentos homeopáticos. E como resultado, poderá ser usado nesse novos estudos.
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Para maiores informações sobre o conteúdo do informe oficial na integra e ingresso aos artigos citados acesse: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/24/InformeDiario-referente-09-04.pdf.