Hahnemann será atual 266 anos depois? – por Paulo Rosenbaum

“Paradoxalmente ao seu senso doutrinário, Hahnemann posiciona-se como um dos primeiros revisionistas da homeopatia. Lembremo-nos de sua “conversão” de um médico iatroquímico para a adoção do vitalismo já que era a única hipótese que explicaria a homeostase, é ali que ele incentivou a similitude como método. Ou seja, foi uma consequência direta de um espírito disposto a se deixar afetar pelas pesquisas. Somente depois, vendo a insuficiência do uso de substâncias medicinais em doses tradicionais é que passa a testar e acaba incorporando as doses infinitesimais. Este sempre foi o grande entrave alegado — pois existem aqueles que não podem ser eveocados — para aceitar a clínica da similitude como um procedimento científico. Mas hoje as assim chamadas de doses ultramoleculares podem ser melhor pesquisadas através da nanotecnologia — e desde a intuição de Gaston Bachelard de que o “o pequeno pode induzir uma resposta biológica mais eficiente do que o maciço” seguido pelos experimentos do imunopatologista francês Jacques Benveniste (e o enorme ruído científico quando publicou a “Memória da água” na revista Nature) e das recentes observações do prêmio nobel de Medicina Luc Montagnier, se aproximam de uma elucidação ao se obter a partir de estímulos com doses infinitesimais como respostas biomoduladoras, modificadas, sutis, porém convenientes para mudar/alterar/transformar in vitro e in vivo o curso de determinadas patologias e estados humanos”

https://brasil.estadao.com.br/blogs/conto-de-noticia/hahnemann-sera-atual-266-anos-depois/

https://paulorosenbaum.com.br/2021/04/10/hahnemann-sera-atual-266-anos-depois/

https://paulorosenbaum.com.br/2021/04/11/hahnemann-266-years-later-published-in-the-newspaper-o-estado-de-sao-paulo/

O homem, considerado como um animal, foi criado mais desamparado do que todos os outros animais. Ele não tem armas congênitas para sua defesa como o touro, nenhuma velocidade para torná-lo capaz de fugir de seus inimigos como o cervo, não tem asas, não tem pés com membrana interdigital, não tem nadadeiras – não tem armadura impenetrável contra a violência como a tartaruga terrestre e de água doce, nenhum lugar para se refugiar fornecido pela natureza porque ele é dominado por milhares de insetos e vermes para sua segurança..O homem está sujeito a um número muito maior de doenças do que os animais, que nascem com um conhecimento secreto dos métodos curativos para estes inimigos invisíveis da vida, instinto, que o homem não possui. O homem sozinho dolorosamente escapa do útero de sua mãe, liso, macio, nu, indefeso, desamparado e destituído de tudo que pode tornar sua existência suportável, destituído de tudo com que a natureza ricamente contempla o verme da terra , para tornar sua vida feliz. “A Medicina da Experiência”

Samuel Hahnemann nascido em 10 abril de 1755

O pesquisador e o pensador.

Para quem ainda não conhece Samuel Hahnemann, e acha que seu sistema terapêutico não tem muito a ensinar à medicina contemporânea cito algumas contribuições. Entre outras contribui: apoiou a ideia de Edward Jenner – inventor da vacina — de que a medicina se beneficiaria com uso inteligente dos agentes infecciosos uma vez atenuados. Propôs ainda no século XVIII uma base empírica para a terapêutica medica, antes de Claude Bernard. Resgata a ideia hipocrática do uso do princípio dos semelhantes. Valorizava os sintomas individuais como guias fiáveis para a prescrição. E ao mesmo tempo ecoa o conceito de Thomas Sydenhan de “gênio epidêmico”, isto é, cada epidemia tinha uma característica peculiar que poderia indicar o medicamento correspondente à intervenção necessária, preventiva ou curativa. Um século antes de Sigmund Freud aconselhava os médicos a prestar atenção ao estado mental e à subjetividade de cada pessoa.

Em primeiro lugar penso que seria justo explicitar aquilo que não será priorizado neste trabalho. Não nos ocuparemos com os célebres parágrafos de uma obra clássica como seu “Organon. 


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