AMHB cria canal de denúncia e esclarecimentos sobre fake news em homeopatia para marcar a data e defender a Ciência

Criada pelo alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843), no fim do século XVIII, a homeopatia trata o individuo como um todo. Suas indicações medicamentosas são produzidas com substâncias de origem vegetal, mineral e animal.

A consulta e tratamento homeopáticos têm caráter holístico, não se restringindo a sintomas de doença A ou B. É uma terapêutica com mais adeptos ano a ano, em todo o mundo.

Em definição bem simples, mas nem por isso equivocada, mira um estado harmônico de bem-estar. Assim, além de tratamento medicinal, os especialistas sugerem estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, prática de exercícios.
Aliás, nos dias de hoje, os especialistas somam novas orientações a esse ‘receituário’: a cada consulta, destacam a necessidade de respeito ao distanciamento social, do uso de máscara e da higienização frequente das mãos, entre outros cuidados indispensáveis para evitar o contágio pela Covid-19.

Em primeiro lugar, por ser esse o mantra planetário: todos os socialmente responsáveis adotam tal discurso e, mais relevante ainda, as atitudes. Contudo, é também uma maneira de a homeopatia combater as fake News.

Segundo o presidente da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), Luiz Darcy Gonçalves Siqueira, certos noticiários, a internet e as redes sociais podem fazer tanto o bem e quanto o mal.

“Há muita informação consistente e de credibilidade, só as notícias falsas representam riscos importantes à saúde. Levar quaisquer dúvidas ao médico de confiança e imperioso para a saúde, no geral, e à prevenção criteriosa da Covid-19.

FATO OU FAKE?

Para combater o vírus das fakes, a AMHB deflagra iniciativa inédita para no Dia mundial da homeopatia – 10 de abril. A partir de agora, o e-mail homeopatiafatooufake@amhb.org.br estará disponível para que os pacientes enviem denúncias e peçam esclarecimento se se uma citação sobre a especialidade é fato ou é mentirosa.

TÚNEL DO TEMPO

Há 255 anos, Hahnemann buscava reduzir efeitos colaterais de tratamentos. À época, era comum o uso de substâncias como o mercúrio, por exemplo, para combate a sífilis.

Partiu de experiências nele mesmo e em voluntários saudáveis. Com o desenrolar das pesquisas, descobriu que, além de reduzir a toxicidade, à medida em que as doses eram abrandadas, os medicamentos homeopáticos ganhavam em efetividade. A observação levou à criação da teoria da ‘cura pelo semelhante’. Não significa que tratamentos homeopáticos sejam fitoterápicos – muito menos florais.

“A origem são os reinos vegetal, animal e mineral”, pontua o presidente da Associação Médica Homeopática Brasileira. “São produzidos em farmácias de manipulação por farmacêuticos especializados em Homeopatia. Só é oficial aquele registrado na Farmacopéia Homeopática Brasileira, pois é obrigatório a testagem após os estudos, antes de disponibilizados para receita aos pacientes”.

MEDICINA HOMEOPÁTICA

“Na especialização a gente aprende a tratar o que está por trás das doenças. Se um paciente chega com um problema crônico já em tratamento, trabalharemos para compreender como chegou em tal ponto, com o apoio de uma anamnese, de exame físico, avaliação. Só então ocorre o diagnóstico e se prescreve algo. É estímulo à saúde”.

No Brasil, a homeopatia surge nos idos de 1840, embora existissem médicos homeopatas anteriormente. Hoje, temos residência médica em diversos estados e cerca de 2 mil especialistas no País.

É comum doutores com certificação e título em outras áreas também. Isso porque eles são polivalentes: “Mesmo em doença terminal, atuamos. São os cuidados paliativos para garantir qualidade da existência”, registra Luiz.


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