IMH – INSTITUTO MINEIRO DE HOMEOPATIA

Instituto Mineiro de Homeopatia

            A fundação do Instituto Mineiro de Homeopatia (IMH) se deu no ano de 1986 pelos esforços de alguns dedicados homeopatas imbuídos do desejo de se organizarem em um núcleo de estudos e pesquisas em Homeopatia onde os mesmos pudessem se aprimorar e desenvolver a capacitação de médicos na arte e ciência homeopáticas.

            Em 1987, o IMH deu início ao primeiro curso para capacitação de médicos sob a égide do pensamento elizaldeano. Sua equipe havia implantado e concluído na AMHMG, desde 1985, o primeiro Curso de Formação de Especialistas em Homeopatia para médicos, em convênio com o tradicional Instituto Hahnemanniano do Brasil, do Rio de Janeiro, de atividades centenárias.

Atualmente o IMH, em seu ininterrupto trabalho de pesquisa e de formação, educa homeopatas médicos em seu quadragésimo Curso de Formação de Especialistas em Homeopatia, em andamento, além de promover a formação de médicos Veterinários, Farmacêuticos e Cirurgiões dentistas em turmas anteriores.

            No período de 1989-1990 alguns dos docentes sentiram maior necessidade da incursão epistemológica na Homeopatia, do maior aprofundamento nos mecanismos do saber homeopático. Iniciou-se então o trabalho de investigação experimental ou experimentação dos efeitos dinâmicos de medicamentos no homem são, que é o que se chama patogenesia. Para tal investigação optou-se pela modalidade da autoexperimentação recomendada por Samuel Hahnemann no Organon da Arte de Curar. Fundou-se então o grupo de autoexperimentação cujos membros passaram a se submeter às provas como voluntários, na exploração das virtudes medicamentosas, exploração tal que permitiu ao “fundador” da Homeopatia a atuar na doença com racionalidade médica e confirmar o aforismo hipocrático “similia similibus curantur”.

Em meio à motivação para as autoexperimentações o IMH deu início ao CED (Curso de Formação de Especialistas e Docentes em Homeopatia) ou “Docência”. Nesta formação o aluno tem atividades diárias por três anos consecutivos, ao final dos quais ele apresenta uma dissertação lato sensu de conclusão de curso.

Com o aparecimento do CED, o IMH passou a estruturar um laboratório hahnemanniano de Psicologia Experimental de autopatogenesias que se reúne ininterruptamente às terças e quintas-feiras, com importante tradição para a Homeopatia Brasileira. Nessas reuniões os docentes e pesquisadores se reúnem e debatem as investigações na saúde dos efeitos puros dos medicamentos simples. Com isso eles desenvolvem pesquisas que buscam compreender as leis da fenomenologia que ordenam a cura das doenças dinâmicas. 

O laboratório hahnemanniano de Psicologia Experimental é uma dinâmica grupal baseada em registros de disponibilização do psiquismo, do modo de pensar e de sentir dos provadores, em experiências de substâncias medicamentosas infinitesimais. É um instrumento próprio da Homeopatia para desenvolvimento de sua epistemologia. Criado e aperfeiçoado por Hahnemann ele foi caracterizado pelo IMH como Serviço de Autopatogenesias, essencial para compreensão da epistemologia de representação da Homeopatia e desenvolvimento da Hermenêutica no projeto que assimila a proposição hipocrática e socrática de que o micro e o macrocosmo se implicam.

O aprofundamento da crítica do pensamento hahnemanniano e o desenvolvimento da Hermenêutica se traduziram em um espaço denominado Grupo Paracelsus de Estudos Homeopáticos, que ainda pesquisa os fundamentos da cura e das observações prognósticas.

As atividades de cursos homeopáticos reservaram-se a um espaço que se tornou conhecido como Serviço ou Escola Phýsis de Homeopatia (SEPHY). Aos Cursos de Especialização e CED somam-se inúmeras atividades de reciclagem e de educação continuada oferecidas em fóruns mensais de autopatogenesias de quatro horas-aula que são oferecidos à comunidade homeopática desde 2001.

Os trabalhos do GRUPEH e do SEPHY em suas pesquisas sobre a cura e formação de profissionais se desdobram em atendimento médico homeopático dispensado à população, sobretudo a cidadãos de baixa renda, incluindo fornecimento de medicamentos.


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