Dia do médico, os homeopatas e desenvolvimento científico

Neste mês de outubro, comemoramos o Dia do Médico, 18. Em nome da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), parabenizo a todos os meus colegas de profissão, que exercem o ofício com compromisso e qualidade diante da saúde de tantas pessoas. A assistência aos pacientes é um voto com a excelência e os bons resultados. Afinal, cuidamos de gente.

Destaco que graças a vocês e aos demais agentes da área da saúde, hoje vivemos um quadro de certa normalidade diante da Covid-19, que foi controlada, mas ainda não vencida.

O desempenho do conjunto de profissionais que enfrentou a pandemia de frente foi essencial para que pudéssemos ultrapassar essa barreira e retornar, gradativamente e com os cuidados necessários, às atividades comuns de trabalho, vida pessoal e lazer, comuns a todo indivíduo.

Dou os parabéns, em especial, para os homeopatas brasileiros, que atuam na área com ética e comprometimento nesse 18 de outubro. Nossa especialidade foi criada pelo alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann (1755-1843), no fim do século XVIII. Esta é uma ciência que trata o indivíduo como um todo. As indicações medicamentosas são produzidas com substâncias de origem vegetal, mineral e animal.

A consulta e tratamento homeopáticos têm caráter individualizante, não se restringindo a sintomas de doença A ou B. É a terapêutica com mais adeptos ano a ano, em todo o mundo. Em definição bem simples, mas nem por isso equivocada, a especialidade mira um estado harmônico de bem-estar. Assim, além de tratamento medicinal, os especialistas sugerem estilo de vida saudável, com alimentação balanceada e prática de exercícios físicos.

         Para contextualizar a história da Homeopatia, é importante explicar que, há 255 anos, Hahnemann buscava reduzir efeitos colaterais de tratamentos. À época era comum o uso de substâncias como o mercúrio, por exemplo, para combater doenças como a sífilis.

A partir desse momento, ele realizou experiências em si e em voluntários saudáveis. Com o desenvolvimento das pesquisas descobriu que, além de reduzir a toxicidade, à medida que as doses eram amenizadas, os medicamentos homeopáticos ganhavam em efetividade. A observação levou à criação da teoria da ‘cura pelo semelhante’. Não significa que tratamentos homeopáticos sejam fitoterápicos – muito menos florais.

Vale ressaltar que os medicamentos são produzidos em farmácias de manipulação por farmacêuticos especializados em Homeopatia. Só é oficial aquele registrado na Farmacopéia Homeopática Brasileira, pois é obrigatório a testagem após os estudos, antes de disponibilizados para receita aos pacientes.

Além disso, na especialização nós aprendemos a tratar o que está por trás das doenças. Se um paciente chega com um problema crônico já em tratamento, trabalharemos para compreender como chegou em tal ponto, com o apoio de uma anamnese, exame físico e avaliação personalizada. Só então ocorre o diagnóstico e a prescrição indicada, sendo um estímulo à saúde.

Quando falamos de homeopatia e Brasil, a origem se dá em meados de 1840, embora existissem médicos homeopatas anteriormente. Hoje, temos residência médica em diversos estados e cerca de 2 mil especialistas no país. Entretanto, é comum que existam doutores com certificação e título em outras áreas também. Isso porque eles são polivalentes: mesmo em doenças terminais, os profissionais homeopatas atuam com os cuidados paliativos para garantir a qualidade da existência.

Nossa missão como Associação Médica Homeopática Brasileira foi fundada em 24 de novembro de 1979, sendo uma entidade civil sem fins lucrativos, sistematizada sob a forma federativa, filiada à Associação Médica Brasileira (AMB) por meio do Conselho de Especialidades.

Atuamos em finalidades específicas, sendo elas a representação dos interesses da classe médica homeopática brasileira via entidades filiadas, e a estimulação da união e apoio nas questões científicas, éticas, sociais, econômicas e jurídicas pertinentes ao interesse coletivo da classe no território nacional. Além disso, estimulamos a contribuição para a solução dos problemas médicos-sociais. Contribuímos, também, para o desenvolvimento e divulgação da Homeopatia por meio de produções culturais que veiculem o interesse da Homeopatia, propiciem o aprimoramento e estimulem a cooperação entre os profissionais da área e as pessoas interessadas.

É válido mencionar que em 2023 promoveremos o XXXVI Congresso Brasileiro de Homeopatia, e as inscrições estão abertas no link http://36cbh.com/. O evento será em formato híbrido, no período de 13 a 16 de abril de 2023.

         Estarão em pauta temas como Evidências Científicas, Clínica e Semiologia, Homeopatia Contemporânea, Educação e Ensino, Inovação e Tecnologia, Saúde Pública e Institucional.

A ideia é que todos os especialistas usufruam do CBH para se atualizar, adquirir novos conhecimentos e, claro, socializar após dois longos anos de eventos online devido a pandemia de Covid-19. Daremos visibilidade às bases científicas e desfrutaremos com os homeopatas momentos de troca de conhecimentos, fortalecendo a nossa especialidade médica.

         O Congresso Brasileiro de Homeopatia é a possibilidade de reciclar e adquirir novas informações sobre condutas, ter acesso aos avanços da pesquisa científica no Brasil e no mundo, discutir a prática da área em questão, assim como os princípios éticos frente às demandas atuais da sociedade e muito mais.

Presidente da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), Luiz Darcy Gonçalves Siqueira


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